quarta-feira, 16 de julho de 2008

Polícia para quem precisa

Sempre escrevi quase que exclusivamente sobre relacionamentos, mas como minhas postagens têm sido clichês, até porque a história da menina traída por um namoradinho-que-parecia-ser-um-amor-e-virou-um-monstro é algo muito clichê, resolvi mudar um pouco.

Nessas férias, estou acompanhando quase todos os noticiários que posso. Podia novamente cair no comum e falar que me assusto com os escândalos, violência dos jovens e todo esse mundinho podre das drogas que cada dia faz mais viciados, mais meninos-bomba prestes a explodir a qualquer momento.
Mas o que mais me chamou a atenção foram 3 dias seguidos de reportagens com novos 'acidentes' envolvendo policiais e pessoas inocentes mortas ou feridas por engano. Primeiro que ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, nem de quem comete crimes, para isso existem penas, que as vezes não são cumpridas adequedamente, porém estão lá.
E se a polícia vem atirando num carro que parecia semelhante ao dos fugitivos na escuridão das ruas cariocas (e para o espanto de todos, do Paraná), julgam e executam sentenças baseadas unicamente na sua vontade.
Acho que de todos os absurdos desse país, esse é com certeza o maior. Três escandâlos, o mais grave deles envolvendo a morte de uma criança de 4 anos, cujo depoimento do pai desesperado não saiu da minha cabeça durante o dia todo. Quantas crianças mais terão de derramar teu sangue para que alguma coisa mude? Será que algum dia eu vou escrever parabenizando o governo? Espero que sim, tenho fé no meu país, e fé de que pode demorar, mas as mudanças virão.
E agora quem devemos temer? Aqueles bandidos que nos abordam nas ruas para roubar algo que nos custou tempo e trabalho para conseguir ou o órgão público que devia nos proteger mas que por engano, podem tirar nossas vidas e das nossas famílias na volta de um passeio?

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