Achei um papelzinho com as letras borradas no meio dos meus livros, e logo o reconheci. E confesso que fiquei relendo várias vezes, até me sentir sufocada.. E resolvi que hoje iria vomitar todas as palavras que ficaram engasgadas.
Acho que é natural se sentir meio perdida depois de uma decepção do tamanho da que eu senti, mas acho que passei dos limites. Resolvi que não queria mais sentir nada por ninguém e 'me divertir', preencher uma folha quase toda.. 1, 2 burradas por noite.
E haja alcool para me fazer me sentir como se aquilo fosse certo, se aquilo fosse realmente uma diversão, para não ver que tava só me perdendo. E quando o efeito passava, eu deitava e relembrava tudo, as partes que lembrava, claro. E entendia que na verdade, eu só queria estar com uma pessoa, queria carinho ao invés de todos os prazeres que eram momentâneos, queria poder abrir os olhos e ver o rosto de uma pessoa que me fazesse me sentir daquele jeito de novo. Queria é me sentir limpa de novo, 100 escovadas quem sabe.. arrancar aquilo tudo de mim.
Me afastei de tudo o que eu pensava que iria me fazer mal, e esqueci de que na verdade, o meu maior inimigo era eu mesma. Eu perdi o meu próprio respeito, e todas aquelas idéias que tinha antes se perderam nos braços de várias pessoas.
Ainda tem coisas que doem tanto, mas tanto... coisas que eu tenho que guardar pra mim, coisas que eu sei que são erradas, mas que não são controláveis, ou são, e agora explodiram. não tenho certeza de nada, só tenho certeza daquilo que senti ao tocar em alguém que não via a muito tempo.
Só tenho certeza de que o tempo parou por um minuto nessa hora, e eu perdi a noção de tudo. Tudo saiu do meu controle a muito tempo. Me sentia diferente mas não sabia do que se tratava. as vezes era a solidão que eu sentia, a carência.. mas era algo a mais. Era um nózinho na minha garganta, uma voz que gritava um nome, e em seguida outro, e depois outro.. queria que as coisas fossem simples ao menos uma vez.
Acho que é melhor eu passar um tempo SOZINHA, sem nenhuma diversãozinha, até eu me conhecer e saber o que quero, ou melhor, esquecer do que quero.