terça-feira, 8 de abril de 2008

An explosion in her sky

Era uma sexta feira fria e sozinha em sua casa, a única que coisa que conseguia ouvir era as vozes que não se calavam dentro da sua cabeça. Tudo é bem maior quando não se tem ninguém pra culpar, além de si mesma.
As palavras dele eram como lâminas, que faziam cortes profundos, que talves nunca vão cicatrizar.
Deixou muitas coisas para trás, enquanto tentava construir uma história com ele, do tipo de história que nunca pensou em construir com ninguém antes. Mas não conseguiu se livrar de algumas histórias paralelas, e todos sabem, que não existe história perfeita se tem histórias paralelas no meio, é, mas parece que ela se esqueceu disso por um tempo.
Talves tenha sido a euforia ou o medo, os motivos não importam agora.
Sem ninguém por perto, a única saída foi o cigarro, vício que ela estava disposta a largar por ele, mas que agora não faria importância nenhuma, e já estava largando, mas sempre guardava um no caso de ‘emergências’, ela sempre pareceu inventada, do tipo de garotas que só se vê em filmes, daquelas que passam a vida aprontando e do dia pra noite se reinventam, e ela já fez isso várias vezes, e parece que vai ter que começar tudo outra vez.
Aprender a viver sem ele, sem os sonhos, sem as músicas, sem olhar textos dele quando sentia saudade, afinal, sentir saudade é uma coisa que nem pode ser cogitada agora.
Se falavam que o tempo iria resolver tudo, pra ela a cada dia que passa as esperanças diminuem e a vontade não se cala.
Ele também nunca foi o cara perfeito, daqueles que ela sonhava, mas era aquele do sorrisinho tímido e talves, seja o que a tratava melhor, e daquele ‘eu te amo’ que mesmo que tenha sido de brincadeira, tinha ficado na cabeça dela.
E isso tudo acabou com uma sensação de ‘E se’, que era o sentimento que ela mais detestava ter.
Cada ação tem uma reação e isso ela prefere esquecer.

Nenhum comentário: